Kefir

Não tinha a menor idéia do que era Kefir até ler  matéria 20 coisas para você fazer antes que 2011 termine no caderno Paladar do jornal Estadão. A opção 15 foi a que no momento chamou a minha atenção. Fazer o próprio fermento para pão é um assunto que já li um pouco e talvez seja uma de minhas próximas aventuras. Mas a curiosidade sobre o kefir me levou a uma rápida pesquisa. Segundo a Wikipédia o kefir é:  “.. é uma colônia de microrganismos simbióticos imersa em uma matriz composta de polissacarídeos e proteínas. Originário do Cáucaso é formado por lactobacilos e leveduras aptos a fermentar diversos substratos – sendo o leite (caprino ou bovino)…“. Lendo um pouco mais encontrei informações que pareciam um roteiro de história fantástica com espionagem, romance e misticismo (Veja mais aqui e aqui). Mas como obter o Kefir?. Ele não é vendido e sim doado por pessoas que o utilizam e cultivam. Encontrei um grupo dessas pessoas na Internet. Me cadastrei e fiz um contato com o pedido para um dos participantes que soube depois mantém esse blog. Passados alguns dias recebi o kefir devidamente embalado pelo correio e estou na primeira etapa de preparação do mesmo.

Quando o meu estiver pronto para o consumo faço uma postagem com minhas considerações.  Vale dar uma olhada nessas receitas com Kefir e a forma bem objetiva que Neide(nutricionista) trata o assunto.

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Sapere e Sapore

pão de linhaça, janeiro de 2011

De acordo com os latinos, as palavras sapere e sapore possuem o mesmo radical. O saber, portanto, tem sabor. Em sua crônica Rubem Alves acrescenta “A sapiência usa o fogo da ciência para transformar o mundo em comida, objeto de deleite. Sábio é aquele que degusta. Mas se o cozinheiro só conhecer os saberes que moram na caixa de ferramentas é possível que o excesso de fogo queime a comida e, eventualmente, o próprio cozinheiro…” . Nunca consegui captar a mágica da minha mãe que lhe possibilitava fazer pães maravilhosos. A receita: “só por farinha, agua ou leite, um ovo, amassar e deixar crescer”. Cometi o sacrilégio de chegar a pensar que ela não queria entregar sua receita “mágica”. Anos passados me lembrei dos pães mágicos em uma palestra do professor Valente que para exemplificar uma explanação sobre conhecimento tácito contou a história de quando estava no exterior ligava para a mãe pedindo receita a mãe explicava minuciosamente até chegar na palavra  mágica: “cozinhar até dar o ponto. Mas que raios é esse tal de ponto”. Acho que foi a melhor forma de falar sobre conhecimento tácito.

Bom, não desisti de fazer os pães, ao longo dos anos alguns sairam bons, outros nem tanto, segui receitas, mas a maioria foram pães intuitivos. Na foto um desses com linhaça. Breve novos experimentos talvez agora mais científicos, espero que o cozinheiro não se queime.

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